quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."

Revisando as minhas atividades da interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, coordenada pela Professora Patricia Alejandra Behar, durante o Eixo I. Exatamente, na Semana 6. Nessa atividade deveria montar uma apresentação num programa de apresentação de slides sobre a temática: “As tecnologias na minha vida pessoal e na prática pedagógica.”
Era início de curso. Eu, apanhando das tecnologias por ignorância e medo de ser reprovada na Interdisciplina, assustei-me com a proposta, pois não sabia nada sobre esse programa utilizado para edição e exibição de apresentação gráfica. Não sabia nem começar mesmo lendo e relendo as referências bibliográficas oferecidas no Rooda pela equipe docente sobre o assunto.
Pedi ajuda à uma jovem amiga que tinha uma estreita relação com o computador. Prontamente, ela veio até a minha casa e juntas colocamos no programa o esboço da minha idéia.
Realizei esse trabalho bem simples, mas muito sincero e emocionado sobre “As tecnologias na minha vida e na minha prática pedagógica”:




Quero refletir sobre minhas palavras em um dos slides:

As tecnologias me abriram as portas para:
*Comunicação virtual;
*O enriquecimento virtual do meu saber pedagógico;
*O relacionamento interativo com meus professores e colegas;
*O domínio paulatino do computador e de tudo que ele possa me oferecer como pessoa e como profissional da educação;
*Explorar e pesquisar na Internet;
*Conhecer e usar essas tecnologias, construindo aos poucos o meu saber virtual;
*Refletir sobre o uso das tecnologias na educação e na minha rotina pedagógica.

Durante algum tempo depois, neguei-me a chegar perto desse programa como se não tivesse aprendido nada com minha amiga Gabi. Mas o tempo passou, como tudo passa, até nossos “traumas”. Continuei a exorcizar meus medos, lutando para me apropriar das tecnologias e, um dia, encarei novamente esse programa de apresentações de trabalhos sem a obrigação de concluir uma atividade, mas como uma borboleta trabalhando pela conclusão de sua metamorfose.
Assim foi a minha dificuldade de trabalhar com meus alunos de 1º Ano no Telecentro que havia na escola municipal em que eu atuava no turno da tarde. Porém, minha hora chegou. Era uma lagarta novamente em transformação, sofrendo, mas encarando o novo. A Prô Borboleta levou seus aluninhos de 1º ano aos computadores e se surpreendeu ao vê-los tão íntimos deles e tão envolvidos nas atividades virtuais. Acabaram por ensinar a Prô Borboleta a voar vôos mais altos e a beijar flores mais exóticas.
Até hoje sofro metamorfoses e, podem ter certeza que, apesar das frustrações e limitações que encontro nas escolas públicas, tanto municipal quanto estadual, a minha metamorfose como prô borboleta é emocionante e enriquecedora porque estou aberta a transformar-me na interatividade com os saberes dos meus alunos, que me ensinam, diariamente, a não ter medo de ser feliz.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Mídias e tecnologias digitais em espaços escolares", eletiva que instigou-me na escolha da temática do meu TCC

Reportando-me ao meu pbwork em que trabalhei com a interdisciplina eletiva "Mídias e tecnologias digitais em espaços escolares", exatamente à Atividade 7, relendo o texto que escrevi apresentando críticas e posicionamentos sobre a tese 4 da atividade 5 "Não é necessário que os professores sejam bem preparados para o uso das mídias e tecnologias digitais, basta interagir com os alunos. Eles já sabem como usá-las."
Ei-lo aqui:



Educar, atualmente, é uma ação que deve inserir o aluno às novas linguagens digitais, desenvolvendo suas capacidades sensoriais, colaborativas, relacionais e perceptivas. Especialmente, aqueles alunos cujas famílias não tem condições de oferecer-lhes esse acesso

Vivemos num mundo novo, fazendo parte de uma sociedade que valoriza a informação e a comunicação, em que a aprendizagem se dá em diversos lugares e de diferentes maneiras. As tecnologias digitais exercem uma notória influência sobre as crianças.

Portanto, é importante que nós professores façamos uma leitura crítica e pedagógica das mídias e tecnologias digitais, reconhecendo sua intencionalidade política, social, ética, psicológica e didática, permitindo a formação de cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, criativos e colaborativos refletida no seu pensar e no seu agir no mundo.



“O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a sua ignorância, suas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses.”(José Manoel Moran)



Percebemos a nítida influência das mídias e tecnologias no cotidiano infantil e o fato de muitos professores ignorarem o seu uso na Educação, surgindo, então, a necessidade das escolas preocuparem-se com a capacitação de seus professores, porque são os principais articuladores desse processo. Ao planejar para seu aluno, fazendo uso das Tecnologias da Comunicação e Informação, o professor deve estar capacitado à utilizá-las de maneira significativa, oferecendo-lhe possibilidades variadas do seu uso no processo de ensino-aprendizagem.



“A palavra-chave deste tipo de ensino é "interatividade". Trata-se da mudança de um ensino onde é limitado o papel do aluno na busca de informação e em que ele tenta se adaptar à informação existente, para um ensino em que a informação se adapta ao aluno, onde quer que este se encontre.” (Perrenoud, 2000)


Tal realidade exige-me, enquanto professora e cidadã, uma capacitação profissional que me auxilie a compreendê-la e a encarar pedagogicamente os desafios que se descortinam na minha rotina escolar para a formação de cidadãos que produzirão e interpretarão as novas linguagens nos dias de hoje e no futuro para o bem da humanidade. Sinto saber que muitos educadores estejam fora dessa oportunidade.

Ilustrando a importância da capacitação do professor trago nesse texto as palavras de Libâneo:





“Para isso, os cursos de formação de professores precisam garantir espaços para práticas e estudos sobre as mídias, sobre a produção social de comunicação escolar com elas e sobre como desenvolver competente comunicação cultural com várias mídias” (LIBÂNEO,2000,p.72)






Referencial teórico:



PERRENOUD, Philippe.10 competências para ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? . 4° Ed. São Paulo: Cortez, 2000.

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/6950/educacao-para-a-autonomia-e-para-a-cooperacao

acesso em 26/07/2010

A realização dessa interdisciplina juntamente com os textos que li sobre esse assunto fizeram-me refletir sobre a necessidade de conhecer mais sobre as tecnologias na ação pedagógica de meus pares no espaço digital da escola.

É uma maneira também de mexer com o grupo, provocando novas discussões e caminhos para a nossa formação continuada.


Retornando

Esse Curso de Pedagogia à Distância foi-me um grande desafio, principalmente, por não ter experiência no uso do computador. Posso afirmar que ali começou nosso caso de amor. Eu me apaixonei pelo computador e por todas as promessas tecnológicas que ele me oferecia tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional.
Hoje, após 4 anos e alguns meses de curso, considero-me uma professora inserida na contemporaneidade da educação, evoluindo com meu tempo e defendendo uma ação pedagógica de vanguarda em que o uso das mídias e das tecnologias digitais se faz presente.
Assumo, humildemente, que ainda tenho dificuldades e limitações no seu uso competente e efetivo em minhas turmas de alfabetização em que atuo, porém mantendo uma postura moderna, de busca e de coragem em colocar em prática com meus alunos tudo aquilo que aprendi durante a graduação e que ainda procuro estudar, ler sobre esse tema.
Daí a vontade de desenvolver um TCC que mostre essa nova face da escola em que estagiei, que começou no mesmo período do meu estágio com o Laboratório de Informática. Notei o entusiasmo de minhas colegas professoras e a alegria de nossos alunos com as horas oferecidas no Laboratório de Informática. Há professoras ainda resistentes, mas curiosas, enfrentando tímida mas corajosamente essa nova realidade.
Pensando seriamente nisso resolvi construir um TCC tendo como questionamento principal: "Como as professoras de séries iniciais de uma escola pública estadual de Pré a 5º ano fazem uso das mídias e tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem?"
Revisitando a interdisciplina Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação, oferecida no Eixo I, sob a orientação da Professora Patricia Behar, Doutora em Ciências da Computação pela UFRGS, procurei algumas sugestões de bibliografia para embasar o meu trabalho. Lá encontrei o nome de José Manuel Moran, Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, autor que tinha também estudado ao realizar a eletiva Mídias e Tecnologias Digitais em espaços Escolares com o Professor Crediné Silva de Menezes, Pós-Doutorado no Programa de Doutoramento em Informática da Educação da UFRGS. Em contrapartida, vejo a gama de subisídios que meus professores também me oferecem para o enriquecimento desse trabalho:



LIBÂNEO, Jose carlos - Adeus professor, Adeus professora?, Editora Cortez, 2010, 12ª edição



MORAN, José Manuel - A Educação que desejamos- novos desafios e como chegar lá, 2007, 1ª Edição, Ed. Papirus



MORAN, José Manuel; BEHRENS, Marilda Aparecida; MASETTO, Marcos T. - Novas
Tecnologias e Mediação Pedagógica, Editora Papirus, 2006, 12ª edição



PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994




"O educador continua sendo importante, não como informador nem como papagaio repetidor de informações prontas, mas como mediador e organizador de processos. O professor é um pesquisador – junto com os alunos – e articulador de aprendizagens ativas, um conselheiro de pessoas diferentes, um avaliador dos resultados. O papel dele é mais nobre, menos repetitivo e mais criativo do que na escola convencional." (José Manuel Moran)