sábado, 27 de março de 2010

Uma nova história, um novo aprendizado

A partir do momento em que um professor assume uma nova turma a cada ano, inicia-se a escrita de uma nova e diferente história sobre um mundo singular, de identidade própria, permeado de anseios e expectativas, tanto por parte do aluno, de suas famílias, quanto por parte do professor.
Certamente, a cada nova história que começa a ser escrita pelos seus autores (alunos, escola, famílias, professor) esse professor jamais será o mesmo e nem pode ser o mesmo, porque, ao colocar seu olhar nessa nova turma e ao começar a escrever essa nova história, deve ter sempre em vista a necessidade de desenvolver a autonomia de seus alunos, não com o objetivo de formar figuras solitárias, individualistas e patéticas, mas com o objetivo de formar cidadãos colaborativos, solidários, respeitosos e amantes da humanidade. Lapidar pessoas que amem a sua vida e a vida dos outros é a mais linda e gratificante tarefa.
Tanto o professor, quanto seus alunos são os principais atores nesse processo de construção, de criação e de recriação da prática pedagógica na busca da excelência da construção do conhecimento ("Não existe docência sem discência"), exigindo do educador, do adulto, do mestre esse novo perfil pedagógico: qualificado, flexível, contemporâneo, partindo da realidade dessa nova gente, desse novo contexto humano, no qual deve inserir-se. Um professor capaz de desacomodar-se, de sair das mesmices, identificando a necessidade de uma prática interdisciplinar ricamente dialógica e estruturada.
Portanto, junta-se a tudo isso, a eterna busca de uma formação docente que vê a Pedagogia numa constante renovação, um eterno aprendizado numa perspectiva social, educativa e cidadã.




"É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando
cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e
reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É
neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem
formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um
corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se
explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se
reduzem à condição de objeto, um do outro." (Freire, 1996, p. 12).

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estágio Cooperativo

Começamos uma nova etapa em nosso Curso de Graduação em Pedagogia, modalidade à distância, pela UFRGS, onde poderemos colocar em prática tudo o que vivemos, aprendemos, trocamos e refletimos desde agosto de 2006, quando iniciamos a Graduação, até agora com a ajuda das Tecnologias de Informação e da Comunicação.
É evidente nossa evolução em nossa prática pedagógica desde então, graças às interações com nossos professores, tutores e colegas.
Continuaremos, durante esse período de estágio, evidenciando um processo de trocas virtuais e presenciais numa forma cooperativa e integrada, num espaço que nos oportunizará a continuidade da construção colaborativa de nosso conhecimento enquanto pessoas, cidadãos, educadores pioneiros nessa nova forma de estudar, de concluir uma Graduação em Pedagogia, auxiliando uns aos outros na edificação qualificada da Educação em nossas escolas, tanto na Rede Municipal, quanto na Rede Estadual e Privada, mediados pelas enriquecedoras trocas e reflexões de nossas práticas docentes e discentes, buscando a formação de um professor cooperativo, reflexivo, qualificado, ativo, crítico e contemporâneo, aprendendo a respeitar a diversidade e a defender seu ponto de vista com argumentos sólidos e coerentes com sua prática pedagógica.
Desejo, à nossa equipe, muito sucesso nesse novo desafio.

domingo, 14 de março de 2010

Avaliação da Aprendizagem

Ao avaliar, a professora deve valorizar suas observações e anotações regulares, isto é, seu acompanhamento interativo e contínuo da aprendizagem do aluno.
Portanto, a avaliação não é um momento específico, mas o fruto de uma caminhada, um relevante processo que nos possibilita oferecer a melhor abordagem pedagógica e o mais eficiente método didático, considerando as condições individuais do educando e o contexto social, econômico, cultural onde o mesmo está inserido, evidenciando a necessidade de adequação de nossa metodologia às suas dificuldades.
As provas, realizadas em momento específico, são meras formalidades exigidas em muitas escolas.



quarta-feira, 3 de março de 2010

Educação/ questionamentos/ valorização do trabalho do Professor Gaúcho

A educação pública gaúcha, apesar de alguns avanços, deixa a desejar, existindo uma unanimidade de opiniões sobre a má qualidade da escola pública no Rio Grande do Sul.
Concordo: muitas crianças estão na escola, mas a escola que lhes é oferecida é de qualidade? A qualidade de ensino só depende da prática pedagógica do professor e de sua boa vontade?

Com certeza a pedagogia, o afeto, o compromisso e a qualificação do professor são muito importantes nesse contexto. Mas, tendo a certeza de que professores sozinhos podem fazer a diferença, mas não fazem EDUCAÇÃO, na majestade de sua significação, sem estrutura, sem base, sem políticas públicas eficientes e direcionadas para o pleno e digno desenvolvimento de nosso povo. O PROFESSOR é um profissional que precisa ter estrutura e recursos mínimos, necessários, indispensáveis. PROFESSOR é um profissional muito importante na formação de uma sociedade e não um mártir da realidade nacional. Até, porque, um profissional que se preze não merece esse descaso, essa humilhação.
O que me consola, o que me encoraja na caminhada é saber que o meu trabalho e o de muitos outros professores, enquanto PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, enquanto PROFESSORES/ EDUCADORES, numa realidade educacional deficitária e que não quer ser "incomodada", mesmo estruturalmente deficiente, têm conseguido grandes e significativos resultados. Mas, não sozinhos: graças aos pais de nossos alunos, aos nossos queridos alunos; às comunidades e às equipes gestoras e governantes que sabem da responsabilidade que seus cargos representam concretamente na escrita da História de um ESTADO, de um PAÍS.

Grande parte dos professores gaúchos são guerreiros, sem lanças e sem tacapes, porém, cheios de audácia, coragem, criatividade, consciência social e nacional, construindo um estado lindo, brasileiro e transparente com enormes objetivos:

.Engrandecer o Brasil, tendo orgulho de ser gaúcho.

. Valorizar o povo brasileiro, maravilhoso e digno que Deus ofereceu à essa nação.