sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sou Professora

Por mais que tenha tido decepções no magistério; por mais que me sinta desvalorizada em meu salário; por mais que considere as mudanças que o Governo do Estado pretende fazer noPlano de Carreira do Magistério Estadual uma afronta a qualquer profissional da Educação que se preze; por mais...;por mais...; por mais... Acredito no meu papel importantíssimo de educadora e de cidadã.
Em março, completarei 30 anos de Magistério Estadual e 27 anos de Magistério Municipal, entre os municípios de Montenegro e de Gravataí. Venho de família humilde, filha de trabalhadores em educação e de indústria, sentindo na carne as dificuldades diárias de manterem uma vida digna para uma família de 4 filhos e minha avó materna que morava conosco. Ela nos ajudou muito. Foi professora alfabetizadora de filhos de ferroviários em fazendas com apenas a 4ª série primária. Sempre ouvi de meus pais a importância da Educação, da valorização do Professor, testemunhando sua opinião política coerente e esquerdista que sempre me inflamou, mas não me amargou. Na verdade, fortificou-me.
Tentei várias vezes a graduação em universidades particulares e não conseguia ir até o fim por falta de dinheiro. Acreditava que algo aconteceria, não por milagre divino, mas por legitimidade de direito. Sem perder tempo com divagações, aqui estou no PEAD de uma Universidade Pública. Curso de graduação que tem enriquecido muito meu \"SER PROFESSORA\", título que tenho muito orgulho em ostentar e pronunciar, apesar dos pesares, em alto e bom som. Continuarei lutando, participando e honrando o que eu gosto muito de fazer. Gosto das minhas crianças, mesmo que me cansem, que me suguem energia. Mesmo que seja difícil, procuro compreender as carências afetivas, humanas e culturais de seus pais, porque os considero frutos de um sistema nocivo e desumano, respeitando-os como seres humanos carentes e frágeis, assim como eu, muitas vezes, me encontro. Professores, pais, alunos, funcionários e professores têm condições e força coletiva, capacidade de conquistar, mesmo que aos poucos e à duras penas, um mundo melhor, mais digno , mais feliz, para si, para seus filhos, para sua comunidade.
O Magistério alcançou muitas conquistas legais, que devemos conhecê-las e objetivá-las. Por exemplo, não devemos ter medo da participação dos pais nas resoluções da escola; não devemos temer as trocas e os diálogos sinceros entre colegas e entre a direção, não devemos temer o conflito de idéias, nem torcer para o fracasso de uma gestão escolar, mesmo que não seja a da nossa vontade.
Ganho pouco, sim, mas não deixo de ser feliz por causa disso. Tenho muita humildade em reconhecer os meus erros como educadora, procurando modernizar-me, atualizar-me, não alimentando somente meu lado pessoal e egocêntrico, mas soltando minha voz apartidária, na luta por uma educação pública de qualidade para edificar um Brasil melhor, um Brasil digno para todos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Eu fiz um trabalho em PowerPoint, sem dificuldades e me apaixonei!

É com grande satisfação que comunico que realizei uma atividade do EIXO V, especificamente na interdisciplina "Organização do Ensino Fundamental", em POWERPOINT.
Pode ser muito pouco para muitos de vocês, mas para mim é uma grande conquista, porque era algo que me angustiava desde que tive de encará-lo na Interdisciplina "Tecnologias da informação e Comunicação", com a Professora Patrícia Behar. Na época, tive ajuda de uma estudante de Magistério da Escola Dom Feliciano, a Gabi, minha querida amiga. Fiz um trabalho simples e pensava que não tinha entendido nada. Nunca mais cheguei perto do POWERPOINT até o início desse ano quando coloquei-o como uma das aprendizagens que queria alcançar em meu Plano de Estudo. Repeti o mesmo objetivo nesse semestre, sem muita vontade de enfrentá-lo, confesso.
Mas, daí, apareceu a interdisciplina desse semestre que me cobra no "Módulo 3": " ...produza uma apresentação em Power Point ...". Deu-me um frio na barriga. Custei a encarar a proposta, mas quando resolvi enfrentá-la de frente, com coragem e boa vontade...pasmem: até movimento eu coloquei na minha apresentação.
A sensação que tive: POWERPOINT e eu éramos íntimos, ou melhor, "fizemos as pazes".
Não sei, ainda, se minha atividade está correta, se atende às expectativas, mas o que sei: Adoreiiiii! Estou pronta para outra.
Concretizei minha tarefa sozinha, ou melhor, POWERPOINT e EU; EU e POWERPOINT.
A prova do meu "crime" está no webfólio da interdisciplina já citada sob o título:

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Financiamento da Educação Pública no Brasil

O financiamento da educação pública brasileira é de fundamental importância para diminuir as desigualdades sociais em nosso país.
Não podemos esquecer que a principal fonte desses recursos são provenientes da arrecadação de impostos que é afetada pela economia globalizada. Em função disso, muitos governos contêm seus gastos, justamente em Educação e Saúde, para equilibrar as contas públicas.
O FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Pública e de Valorização dos Profissionais da Educação) foi apresentado à Câmara dos Deputados pela bancada do Partido dos Trabalhadores objetivando a disponibilização crescente de recursos da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios para a educação básica pública, pressupondo, também, a criação de um piso salarial nacional para os professores públicos e a distribuição dos recursos provenientes do fundo através da criação dos custos/aluno/qualidade, que seria definido na busca da qualidade de ensino e nos recursos adicionais visando à universalização gradativa das matrículas. 80% desses recursos deveria ser destinado aos professores e funcionários de educação.
Essa proposta queria aumentar o financiamento do FUNDEF (desde 1998) que se referia somente ao Ensino Fundamental.
Princípios norteadores da criação do FUNDEB: acesso universal e gratuito à Educação Pública Básica, em todos os níveis, de 0 a 17 anos; valorização ao magistério e a redução das desigualdades, garantindo um investimentoque assegurasse a qualidade de ensino.
O MEC encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de emenda constitucional para a criação do FUNDEB: a partir de 2006, até 2019 a educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio) teria um financiamento próprio com vigência de 14 anos. A faixa etária de creches (0 a 3 anos) não está incluída nessa proposição.
A criação do FUNDEB requer, entre muitos, os seguintes debates:
*Insuficiência ou suficiência dos recursos para uma educação de qualidade;
*A não inclusão dos impostos próprios municipais;
*Assegurar em percentuais os valores da união;
*A exclusão das creches;
*O Governo Federal Cumprir o que é estipulado por lei, o valor mínimo nacional por aluno;
REFERÊNCIAS: